No ensino secundário, conheceu o professor de ciências, Dr. Carlock , que desde sempre a auxiliou e incentivou a prosseguir os estudos e acreditou nas suas capacidades em parceria com a sua mãe. Assim sendo,no final do ensino secundário foi passar as férias de Verão à fazenda da sua tia Ann, onde se inicia o seu imenso interesse por animais, mais propriamente, bovinos, ao observar e tentar compreender os comportamentos desses animais (especialmente a forma como eles relaxavam ao serem imobilizados para receberem vacinas devido a uma máquina que a sua tia lá tinha). 

A partir dessa experiência, idealiza e constrói um dispositivo semelhante, posteriormente denominado de "máquina do abraço", que a pressiona e imobiliza, gerando uma sensação de tranquilidade, que mais tarde aplica às suas próprias crises de ansiedade decorrentes da sua inabilidade no relacionamento social. Dessa forma sempre que se sentia ameaçada, recorria à "Máquina do Abraço" com o objetivo de se acalmar.

Apesar das limitações do autismo, Temple Grandin possuía uma inteligência incomum, tendo uma facilidade peculiar para lidar com áreas que envolvam aritmética e geometria. 

A sua mãe juntamente com o professor de Ciências Dr. Carlock percebem as suas notáveis capacidades, ao que é incentivada a prosseguir os estudos na universidade, Grandin inicia assim, uma trajectória marcada por intensas dificuldades no ambiente académico, pois após a entrada para a faculdade de engenharia, não consegue estabelecer bons contactos com seus colegas, sentindo-se sozinha e excluída. Devido à sua maneira de ver e entender o mundo, Temple é obrigada a desenvolver estratégias para superar obstáculos, acabando por estabelecer uma relação de amizade com uma rapariga cega com o qual divide o quarto durante a sua estadia na faculdade – que se torna a única pessoa em que Grandin deposita alguma confiança.